quinta-feira, 16 de junho de 2011

Algumas reflexões que a música "Eu vou seguir" me despertou...

Eu vou seguir(Marina Elali)

Eu sei que os sonhos são pra sempre
Eu sei aqui no coração
Eu vou ser mais do que eu sou
Para cumprir as promessas que eu fiz
Porque eu sei que é assim
Que os meus sonhos dependem de mim

Eu vou tentar
Sempre
E acreditar que sou capaz
De levantar uma vez mais
Eu vou seguir
Sempre
Saber que ao menos eu tentei
E vou tentar mais uma vez
Eu vou seguir

Não sei se os dias são pra sempre
Guardei você no coração
Eu vou correndo atrás
Aprendi que nunca é demais
Vale a pena insistir
Minha guerra é encontrar minha paz

Eu vou tentar
Sempre
E acreditar que sou capaz
De levantar uma vez mais
Eu vou seguir
Sempre
Saber que ao menos eu tentei
E vou tentar mais uma vez
Eu vou seguir

Eu vou tentar
Sempre
E acreditar que sou capaz
De levantar uma vez mais
Eu vou seguir
Sempre
Saber que ao menos eu tentei
E vou tentar mais uma vez
Eu vou seguir

“Eu vou seguir”

A música Eu vou seguir cantada pela intérprete Marina Elali, sempre me chamou muita atenção pela mensagem positiva, de otimismo que traz na sua letra. A letra da música que na verdade é uma versão traduzida da língua inglesa (Reach), retrata a história de uma menina que queria tocar piano, mas não sabia, e se supera conseguindo após persistir.

Superação é a palavra-chave da música; não desistir dos sonhos, persistir, ir até o fim, acreditar que somos capazes de transpor as vicissitudes da vida, afinal dificuldades todos encontramos pelos caminhos da vida, e o mérito maior está na tentativa, no percurso do caminho, e não propriamente na chegada.

Nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, nos desenvolvemos, constituímos uma família, tudo isso para conquistarmos a tal felicidade que tanto almejamos que na maioria das vezes se associa ao período da melhor idade, aonde iremos “descansar”, “aproveitar”, usufruir dos resultados de uma vida de sacrificios e de muito trabalho.

Almejamos o cume da montanha, mas quando o atingimos nos frustramos, percebemos que foi durante a trajetória que fomos felizes, nas escolhas e tentativas, nas situações que vivenciamos e aprendemos com ela a persistir, e nos embates e conflitos de ideias em que desenvolvemos a capacidade de nos relacionarmos.

A letra da música enfatiza também que é necessário sonhar, e que os sonhos dependem de cada um de nós, e que podem se tornar realidade, mas que exigem para isso altruísmo, perspicácia e muita resignação. Levantar uma vez mais como diz a letra da canção, correr atrás daquilo que acreditamos, da nossa verdade, pois somos capazes até de atingir o impossível.

Por isso é importante ter a consciência de que se as nossas escolhas não deem certo, tentamos, e que vamos tentar tantas vezes quantas forem necessárias, como já dizia Albert Einstein “o único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar”. O medo nos impede de crescer, de superar, de lutar, nos torna fragéis.

Acredito também que a letra da música também faz alusão há alguma desilusão amorosa, pois ela marca implicitamente nos versos “guardei você no coração” e “aprendi que nunca é demais” a presença do eu-lírico, que sofreu com a separação, mas que ao mesmo tempo não se arrependeu do que viveu, das escolhas que fez e que guardou as lembranças do que viveu; aprendeu que não podemos desistir nos primeiros obstáculos que a vida nos impõe.

Norman Vincent Peale, um pastor e escritor norte americano, nos diz em uma de suas célebres frases que “os covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam, os vencedores nunca desistem”, portanto não desistir já é um grande passo a caminho da vitória, mas é claro que existem momentos em nossa vida que pensamos em desistir de tudo, passamos a nos queixar e a criar mil desculpas que justifiquem o nosso ato de desistir, na verdade não queremos admitir que fracassamos, mas isso é da natureza humana.

Muitas das vezes acabamos sendo influenciados por pensamentos pessimistas que ora cultivamos, ou mesmo pela opinião alheia, principalmente quando é negativa, opinião essa que não deveríamos levar em consideração, que vem quase sempre de pessoas frustradas que não conseguiram atingir os seus objetivos, e nos incitam a desistir, muitas das vezes por inveja, são fracassados em potencial.

Por isso é preciso acreditar em si mesmo, para “cumprir às promessas que fizemos” como a música sugere, cumprir com aquilo que planejamos, e para isso precisamos de foco, de estratégias, de persistência, metas a serem vencidas, e "corrermos" atrás delas, e isso não me refiro apenas ao âmbito profissional, mas também ao das relações humanas, como por exemplo, uma conquista ou um relacionamento, que não deixa de ser um jogo de tentativas, de acertos e de erros, de tolerância, de aprender a conviver e se relacionar com o outro.

O mérito maior está no contorno dos obstáculos que a vida nos coloca, a fim de vencermos, de superarmos as limitações. Vencer a si mesmo deveria ser o principal lema de cada um de nós.

Tentar sempre deve ser a meta permanente. E acreditar, sempre que tudo vai dar certo, afinal, a vida é uma grande antítese construída de erros e de acertos, do bem e o do mal, de cair e levantar, do perder e do ganhar, da tristeza e da alegria, da guerra e da paz, pois sem isso talvez a vida não tivesse sentido algum, seríamos criaturas mecanizadas, sem vida própria, e tudo seria muito fácil de se obter, e muito óbvio também.

É necessário que haja a guerra, para darmos valor a paz. É necessário que haja o mal, para optarmos pelo bem. É importante perder, para sabermos ganhar com humildade. É importante observar o outro, para principalmente compreendermos o quão felizes somos e não percebemos.

Não podemos desistir dos nossos sonhos, pois somos os artifícies de nosso próprio destino. Desistir de tentar, é desistir de viver. Pode parecer até clichê o que vou dizer, mas no fim do túnel sempre há uma luz, uma esperança, isso é factível.

O sol brilha para todos e senão agora, um dia brilhará para cada um de nós.

Não podemos é deixar que a rotina nos acomode, que a opinião alheia nos torne psicóticos, que o medo nos impeça de tentar.

Aproveite cada momento, cada oportunidade que a vida nos oferece, ouse, arrisque, quebre paradigmas, entre no jogo para guanhar e saiba perder também (o importante é jogar).

Desconfie do destino e acredite em você, pois como a letra da canção nos diz “não sei se os dias são para sempre”, e talvez esteja aí o grande enigma da vida, a resposta que a humanidade procura há séculos.

Viver é nunca desistir, é ser protagonista e não figurante. É ser palco e não plateia. É criar, vibrar, trabalhar, ganhar e perder, dançar, chorar, amar, “quebrar a cara” muitas vezes, mas levantar e seguir em frente sempre.

As dificuldades são alavancas que nos fortalecem, e quando aprendemos com elas nos tornamos pessoas diferentes, aparamos as arestas, e nos tornamos mais pacientes, persistentes, imbatíveis.

Autor: Douglas Bastos Gabriel

domingo, 1 de maio de 2011

João de Deus

O mundo assistiu neste domingo a beatificação de João Paulo II em uma cerimônia assistida por mais de um milhão de pessoas na praça de São Pedro em Roma, na Itália. Durante a cerimônia o pontífice supremo da igreja católica Bento XVI, que foi colaborador do Papa João Paulo II por 23 anos, ascendeu o novo beato ao mais alto patamar, elogiando sua fibra e o "testemunho de fé, de amor, de coragem e de grande humanidade".


Sem dúvida alguma "João de Deus", como fora chamado carinhosamente pelos brasileiro quando na sua visita ao Brasil pela primeira vez em 1980, corroborou em muito para o cristianismo atinjir a solidez que tem hoje, no mundo inteiro. João Paulo II é, sem dúvida, foi um verdadeiro homem de Deus. Um homem aguerrido que trazia nos olhos a ternura e no coração o profundo desejo de ajudar na construação de um mundo melhor.

Desde a infância, o pequeno Karol Wojtyla, teve contato com a dor da separação, causada pela morte. Despediu-se, com apenas 9 anos de idade, de sua querida mãe que retornou às esferas espirituais. Experimentou a dor da orfandade e, antes dos 22 anos de idade já estava só no mundo.

Seu irmão e seu pai haviam falecido. O jovem Karol experimetou a solidão, mas nunca se deixou abater. Buscou, através da oração, a juda da veneranda mãe de Jesus, Maria de Nazaré, em cujo coração encontrou alento e esperança.

O garoto pobre tornou-se o Papa estrangeiro, em Roma. Ao receber o título máximo de líder religioso da Igreja Católica, o cidadão polonês fez muitas renúncias, a começar pelo próprio nome. Foi assim que João Paulo II ficou conhecido em quase todo o mundo.

Como Papa, teve papel importante na Terra. Com humildade e firmeza de propósitos, sua voz ecoou em vários continentes, clamando pela paz mundial., pela justiça e pelo bem geral.

Sem dúvida um homem de princípios, que não hesitou em pedir perdão à humanidade pelos erros cometidos por seus antecessores, que acenderam as fogueiras da Inquisição e dizimaram muitas vidas, em nome de Deus.

Karol, foi sempre disposto, um homem que jamais se deixou abater pelo cansaço, pelas intempéries da vida. Abraçou e conversou com pessoas das mais variadas religiões, cores e posições sociais, em muitos países do mundo. Em seus discursos enaltecia a democracia, a liberdade, a dignidade humana.

Foi constantemente agredido com palavras, mas sempre soube oferecer a outra face. Foi atingido por uma bala mas nem assim se deixou desestimular, pois acreditava que o mal é uma escolha temporária do ser humano.

Outrora era o cetro do poder, hoje repousa no outro lado da vida, nos altos cumes, na morada celeste. Mas com certeza sem cessação, em trabalho constante, afinal, há muita coisa ainda a ser feita para que a paz mundial seja uma realidade.

E para o bom combatente não há tempo a perder, há apenas uma pequena pausa para restabelecer as forças e continuar a nobre batalha. Não há porque lamentar a partida de um homem de bem, há sim que exaltar as suas obras, e tomá-las como exemplo vivo de abnegação, resignação, e de amor ao próximo. Em tempos difíceis em que vivemos, em que os valores morais são substituídos pelos materiais, carecemos destes exemplos.

Hoje Karol Wojtyla foi alçado a beatitude, reconhecido como verdadeiro homem de bem, que veio a Terra dar o testemunho do verdadeiro ecumenismo, do amor ao próximo, e colaborar para que o evangelho de Jesus não perde-se o seu brilho e a sua magnânima mensagem libertadora.

Que em nossas mentes possam ficar gravadas essas palavras do Papa João Paulo II, ditas na celebração do Dia Mundial da Paz, em 1º de Junho de 2005: " o mal não é uma força anônima que age no mundo devido a mecanismos deterministas e impessoais. O mal passa através da liberdade humana. No centro do drama do mal e constantemente relacionado com ele precisamente esta faculdade que distingue o homem dos demais seres vivos sobre a Terra. O mal tem sempre um rosto e um nome: o rosto e o nome de homens e mulheres que o escolhem livremente". O homem é dotado de livre-arbítrio e responde por suas escolhas, felicidade ou sofrimento.

Assim como na física, o preto significa a ausência de cor e o frio a ausência de calor. Então o mal é ausência do bem. E se o mal é uma escolha, o bem também pode ser.

Se temos a liberdade de escolher o mal, temos também para escolher o bem.

Basta apenas movimentar a vontade e optar pelo bem.

Trabalhemos no bem hoje, não há tempo a perder.

Trabalhemos agora. E não poderia haver melhor data para essa reflexão: o dia do trabalhador.

Não podemos esperar pela paz mundial de braços cruzados, olhe ao seu redor, existe muito a ser feito, e muito está ao nosso alcance.

Que Deus o abençoe eternamente "João de Deus".

Douglas




quarta-feira, 27 de abril de 2011

Felizes para sempre?

Nesta sexta-feira sobem ao altar Kate Middleton e o príncipe Willian, o segundo na linha se sucessão ao trono britânico. Guarda real, carruagens, cerimonial, Palácio de  Buckingham, rainha, príncipes e princesas, súditos, um verdadeiro conto de fadas.

Diferentemente da relação conturbada entre o príncipe Charles e a princesa Diana, marcadas de escândalos, infidelidades, e com a trágica morte de Diana, tentando fugir dos holofotes dos paparazzi, ao lado do seu namorado Dodi al Fayed, o casamento de Kate e Willian promete fidelizar o "felizes para sempre" na corte inglesa. Jovens, inteligentes, despojados, com uma relação sólida, o casal Kate e Willian indubitavelmente entraram para a história britânica, quiçá do mundo.

Estrategicamente o casamento real não poderia vir em melhor hora, a Grã-Bretanha enfrenta uma das mais graves crises econômicas de sua história, motivadas pela crise bancária , a recessão e os cortes de gastos do governo. Estima-se que o casamento poderá dar um impulso à economia britânica, com turismo, vendas e comunicação.

Mas afinal, fábulas existem, ou são apenas ficcionais?

O casamento real, o "conto de fadas" da corte britânica, nos leva à estes questionamentos. A felicidade plena existe?

Na maioria das vezes idealizamos ser felizes...
quando crescermos...
quando nos tornarmos adolescentes (e ter o primeiro beijo)...
quando começarmos a namorar...
quando conquistarmos o diploma universitário...
quando nos casar (e encontrar a alma gêmea?)...
quando tivermos o primeiro filho...
quando conquistarmos o emprego dos sonhos...
quando comprarmos "aquele carro, aquela casa"...
quando ganharmos na "mega-sena" (e não precisarmos mais trabalhar?)

E quando conquistamos tudo o que almejamos... eis que os planos mudam... e já não nos contetamos mais com o que conquistamos... queremos mais... mais... trocar o carro... trocar de casa... o emprego já não nos atraí mais... o tão sonhado conto de fadas, do "princípe encantado" ou da "princesa encantada" já se desgastou com o cotidiano, com a rotina... talvez porque esperamos que o outro nos faça feliz???

Ser feliz, é agora. É pra ontem.

E não depende do outro, depende de mim mesmo.

Precisamos aprender a nos valorizar, a gostarmos de nós mesmos, a olharmos no espelho e nos acharmos o máximo. Aprendermos a rir de nós mesmo. Quando fizemos isso começamos a perceber o quão felizes somos e não sabemos. Basta olhar pro lado: quantos não tem o que nós temos?, uma família que nos ama, amigos, e saúde para conquistarmos até o impossível.

A vida é muito curta e muito intensa também para ficarmos remoendo coisas do passado, insistindo nos mesmos erros, rependido trechos de uma novela em reprise, que teima ser vale a pena ver de novo.

Efeito Willian e Kate Middleton: fazer nos questionarmos sobre o que realmente significa ser feliz?

Nesta sexta-feira os holofotes serão deles, os herdeiros do trono inglês. Indubitavelmente, um cerimonial digno da corte inglesa que entrará para os anais da história.

Felizes sim... que sejam felizes, talvez não para sempre (seria otimismo demais), mas felizes intensamente... que haja acima de tudo o respeito e a fidelidade... pois o mundo precisa desses exemplos... afinal a partir dessa sexta-feira ao adentrarem o Palácio de  Buckingham seram mais que um príncipe e uma princesa, aos olhos do mundo serão uma referência, em todos os sentidos.

Somos felizes. Ser feliz é viver, e viver é não desistir de tentar.

Afinal quem já desistiu de tentar, já morreu, e ainda não percebeu.

Douglas